Microcontos 31 a 40


Um grupo de árvores, casacos de neve vestidos, espera o anoitecer para ir à Ceia de Natal.

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Zé Cigano espera com os cinco filhos que a mulher acabe de parir. Quando a comadre grita: Gémeos, Zé desvairado tenta meter o último de volta ao útero.

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Era uma mulher de braço forte e pegava no trabalho ao nascer do Sol. Tinha duas filhas, loirinhas e o marido mandrião que ficava exausto de a barbear.

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Acompanhada do Pai e da marcha nupcial a noiva chega enfim ao altar. Mas alérgica às flores,ela espirra deixando o véu opaco e o noivo a vomitar.

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Toninho Cardoso era um menino chato. Vivia de levantar a saia às meninas no recreio. Um dia fizemos uma roda e ele no meio. Voltou em cuecas para casa.

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Vó Elvira chegou de boca fina inquisidora. Meu tio não resistiu e foi a correr colocar um disco carnavalesco no gramofone. Ela nunca mais nos visitou.

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No seu mundo tranqüilo os peixes deslizam nas águas do lago onde o céu parece também querer mergulhar.

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Dona Olímpia é tão gorda que transborda das cadeiras no café. Quando viaja compra duas passagens para conforto de sua abundância.

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Antão levantou tarde e dorido naquele domingo morno de Verão. Olhou a barba malsemeada, a meia rota,o cigarro caído na pia... Voltou para a cama.

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Grumilde adormeceu frente à TV, era campanha eleitoral. Ouvindo palmas e gritos, corre, dá uma bofetada no filho, tropeça no gato e insulta a vizinha.



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